Entenda o conceito que ganhou destaque após o Facebook se transformar em Meta
O metaverso é um conceito que vem se desenhando já há algum tempo, mas ganhou mais relevância e destaque após a empresa de Mark Zuckerberg, que controla Facebook, Whatsapp e Instagram anunciar a mudança de nome para Meta. A gigante das redes sociais trouxe o assunto à tona e a pergunta que ficou no ar foi: o que muda na prática?
Para entender o que é metaverso, podemos começar pelo significado do próprio nome: “além do universo”. Por definição, o metaverso seria como uma extensão virtual da nossa realidade, como uma outra dimensão. Ficou confuso? Parece insanidade? Calma, a gente explica: o conceito não é muito diferente das realidades virtuais que já pudemos conhecer em jogos aclamados como o The Sims, por exemplo.
Em jogos como no exemplo citado, o jogador precisa de um avatar para interagir dentro de um ambiente virtual, que simula uma realidade. O metaverso seria uma forma hiper-realista de vivenciar uma realidade paralela, fora do mundo físico, através de nossos avatares.
A popularização do metaverso está fortemente relacionada com o desenvolvimento tecnológico que estamos presenciando: a chegada de novas formas de se conectar e melhorias em recursos favorecem as experiências. Afinal, com hardwares cada vez mais robustos, óculos de realidade virtual, aparelhos móveis com inúmeras funções e a chegada do tão aguardado 5G (que promete conexão móvel 20x mais rápida), é natural que as formas de se conectar evoluam a níveis inimagináveis até então.
De onde veio o metaverso?
Apesar de ser um conceito que vem sendo abordado recentemente, o metaverso foi mencionado pela primeira vez há 30 anos atrás, no livro Snow Crash. O romance de Neal Stephenson definia o metaverso como o que conhecemos hoje: uma realidade virtual onde as pessoas convivem por meio de avatares.
O universo dos games também explora esse conceito de realidade virtual interativa, como Spider-Man Homecoming, por exemplo. A sala virtual da Meta para reuniões online, Horizon Workrooms, também proporciona esse tipo de experiência.
Qual é o potencial do metaverso?
Hoje, o metaverso faz parte de jogos interativos, nada muito diferente do que já víamos em games consolidados como o MineCraft, por exemplo. São jogos onde você tem um avatar, interage com outros usuários e pode comprar ativos, como skins, terrenos e outros itens.
No entanto, é importante destacar o que o metaverso tem potencial para ser: uma realidade paralela DE VERDADE. E isso só será possível com a integração de diferentes tecnologias, como Inteligência Artificial, realidade aumentada, web 3.0, robótica, assistente de voz, entre outros.
Basicamente, o metaverso tem potencial para ser uma área virtual, como uma cidade. Nessa área, você existe, representado pelo avatar, e pode interagir com outras pessoas, consumir produtos e serviços, ter bens (certificados na blockchain) e, basicamente, viver uma vida virtual.
As plataformas mais avançadas do metaverso atualmente são Decentraland e The SandBox.
Para que serve o metaverso?
O metaverso é um conceito que ainda está sendo construído, e a sua principal vantagem é permitir a realização de atividades imersivas, ainda que remotamente. É uma evolução da forma como vivemos a digitalização hoje. Por exemplo, hoje é possível fazer uma compra online no supermercado, certo? No entanto, no metaverso, você poderia experienciar a escolha de cada produto na prateleira de um supermercado digital, de uma forma mais imersiva do que a simples escolha em um catálogo.
E se você está se perguntando “qual a necessidade?”, há uma justificativa: com a pandemia, passamos a viver de forma mais voltada ao digital – afinal, com as restrições impostas para frear o contágio, deixou de ser viável o deslocamento para atividades simples e rotineiras, como fazer compras, estudar e visitar pessoas.
A experiência digital sofreu uma escalada forçada e, com isso, tornou-se bastante claro que formas mais realistas de interagir a distância se fizeram necessárias.
O que podemos esperar do metaverso no Brasil?
A estimativa é que a consolidação do metaverso no Brasil não ocorrerá sem dificuldades. Isso porque, em um país com baixo acesso à infraestrutura básica, é difícil imaginar que a população possa ter acesso a equipamentos de alto custo, com ampla capacidade de processamento.
Além disso, a digitalização financeira é um desafio: em 2021, existiam 34 milhões de brasileiros que sequer possuem uma conta em banco, o que torna difícil imaginar o momento em que criptomoedas e carteiras digitais se tornem amplamente difundidas.
A projeção é que o metaverso, ao menos em médio prazo, seja uma tecnologia pouco acessível, favorecendo a desigualdade no aproveitamento das ferramentas.
Além disso, o metaverso é uma tecnologia em desenvolvimento, onde experimentos estão sendo realizados para viabilizar as experiências imersivas cada vez mais realistas no mundo digital. A parte boa é que podemos fazer parte de mais uma revolução tecnológica e pegar tudo do início, aproveitando as oportunidades que possam surgir.
E você, o que acha desse conceito de metaverso? Acompanhe a Loopers nas redes sociais e compartilhe a sua opinião com a gente!